Robert Kiyosaki alerta sobre crise, compra ouro e bitcoin

Diante das crescentes tensões econômicas, Robert Kiyosaki anuncia o fortalecimento de seus investimentos em bitcoin, ouro, prata e Ethereum. O autor de “Pai Rico, Pai Pobre” prevê um grande colapso e afirma que está recorrendo a ativos tangíveis para preservar seu capital. Ele volta a criticar a política monetária dos EUA e faz previsões ousadas para 2026: 250.000 dólares para o bitcoin, 27.000 para o ouro.

Kiyosaki aposta tudo em ativos tangíveis

Fervoroso defensor do bitcoin e de metais preciosos, Robert Kiyosaki reacendeu seu discurso crítico sobre a situação econômica global ao afirmar de forma direta, em uma mensagem publicada no X (antigo Twitter) em 3 de novembro: “um colapso está chegando: por isso estou comprando em vez de vender”.

Segundo ele, uma grande crise é iminente, mas isso não justifica a liquidação de posições. Pelo contrário, ele afirma que está aumentando sua exposição a ativos tangíveis. Por meio de suas declarações, ele apresenta metas de preços chocantes para 2026, rompendo totalmente com a cautela habitual do mercado:

• Bitcoin (BTC): US$ 250.000;
• Ouro: US$ 27.000;
• Prata: US$ 100.

Kiyosaki especifica que sua estimativa para o ouro vem do economista Jim Rickards, enquanto sua meta para o bitcoin é consistente com sua visão histórica da primeira cripto como uma forma de “dinheiro real” em comparação ao “dinheiro falso” emitido pelos bancos centrais.

Ele explica essas compras pela necessidade de se proteger contra o que percebe como manipulação monetária institucionalizada, nomeando especificamente o Federal Reserve e o Tesouro dos EUA.

Em um tom já conhecido, ele acusa as autoridades dos EUA de “imprimir dinheiro fictício” e afirma: “Os Estados Unidos são a nação mais endividada da história”. Essa postura não é apenas teórica. Ele afirma possuir suas próprias minas de ouro e prata, uma escolha que reforça sua credibilidade como investidor em ativos físicos, além da mera retórica.

Sinais de recuperação do mercado

Além de seus comentários sobre ouro e bitcoin, Robert Kiyosaki também surpreendeu ao adotar uma postura decididamente otimista em relação ao Ethereum, um ativo que ele raramente mencionava até então.

Inspirado pelo analista Tom Lee da Fundstrat, Kiyosaki acredita que o ecossistema do Ethereum desempenha um papel central na infraestrutura das stablecoins. Segundo ele, essa característica lhe confere um lugar estratégico na evolução do sistema financeiro global.

Ele invoca a “Lei de Metcalfe”, que afirma que o valor de uma rede cresce exponencialmente com o número de usuários, para justificar seu interesse. Além disso, ele faz referência à “Lei de Gresham”, segundo a qual o dinheiro ruim expulsa o bom, o que em sua análise legitima o investimento em criptos.

Além das declarações pessoais de Kiyosaki, indicadores de mercado dão algum suporte à sua tese. De fato, a razão MVRV (Market Value to Realized Value) do bitcoin voltou para 1,8.

Historicamente, esse nível frequentemente precedeu recuperações de cerca de 30 a 50%. Além disso, no contexto do aumento da dívida dos EUA, Arthur Hayes, ex-CEO da BitMEX, prevê o retorno de um afrouxamento quantitativo disfarçado via Standing Repo Facility, uma injeção de liquidez que, sem nomeá-la diretamente, pode indiretamente estimular os preços das criptomoedas.