Setor de cripto pressiona administração Trump a apoiar regras de open banking
- Grupos de cripto defendem a regra de open banking do CFPB
- Associações alertam para riscos à competitividade e inovação
- Bancos tentam bloquear medida que amplia o acesso a dados
Entidades do setor de criptomoedas e fintech intensificaram a pressão sobre o governo Trump, pedindo apoio à regra de open banking aprovada pelo Consumer Financial Protection Bureau (CFPB). A regra, finalizada no ano passado, exige que bancos, cooperativas de crédito e instituições financeiras disponibilizem dados dos consumidores mediante solicitação dos próprios consumidores ou de terceiros autorizados.
Em uma carta enviada na terça-feira, a Blockchain Association, o Crypto Council for Innovation e a Financial Technology Association afirmaram que os direitos dos consumidores sobre seus dados financeiros estão “sob ataque”. As organizações criticaram duramente os grandes bancos, acusando-os de tentar enfraquecer a regra para manter o controle sobre as informações e reduzir a concorrência no setor.
“Os maiores bancos do país querem reverter o open banking, enfraquecer o compartilhamento dos dados financeiros dos consumidores e esmagar a concorrência para proteger sua posição de mercado”, escreveram os grupos na carta enviada ao CFPB.
O Bank Policy Institute, que representa as principais instituições bancárias americanas, entrou com uma ação judicial contra o CFPB, alegando que a regra excede a autoridade da agência e ameaça a privacidade dos consumidores. O grupo argumenta que os bancos têm a responsabilidade de proteger as informações financeiras de seus clientes e que o open banking pode expor dados sensíveis a riscos cibernéticos.
Representantes do setor de fintech e cripto responderam que a política é essencial para preservar o “princípio fundamental de que os dados financeiros pertencem ao povo americano, não aos maiores bancos do país”. A carta destacou que políticas robustas de open banking colocam os Estados Unidos em pé de igualdade com economias como Reino Unido, Brasil, Singapura, Índia e União Europeia, que já avançaram na proteção do direito ao compartilhamento de dados.
“Se limitarmos esse direito, colocamos em risco não apenas o progresso financeiro atual, mas também a competitividade americana e o futuro da inovação, especialmente em áreas que evoluem rapidamente como a inteligência artificial,”
afirmaram os grupos.
Tyler Winklevoss, cofundador da exchange Gemini, também reagiu: “Os bancos querem acabar com a Regra de Open Banking (1033) para poderem taxar e controlar seus dados financeiros e retirar sua liberdade de escolher os serviços que deseja.”
Espera-se que o CFPB receba comentários públicos sobre a regra até terça-feira, antes de uma possível reabertura do debate regulatório.
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