Principais conclusões:
A tendência de alta mais ampla do Bitcoin e os dados on-chain sugerem que o mercado permanece em uma fase de expansão.
Compras fortes na queda por parte dos “sharks” e o suporte em uma linha de tendência importante apontam para outro possível repique do BTC.
O Bitcoin (BTC) tentou se recuperar um dia após os traders presenciarem a maior liquidação diária já registrada, com mais de US$ 5,39 bilhões em posições alavancadas liquidadas em 24 horas, o que é o dobro do “crash da COVID-19” em 2020.
Até sábado, o preço do BTC havia se recuperado 8,50% após cair para sua mínima local em torno de US$ 103.000. No momento da redação, ainda está 11% abaixo do recorde histórico de US$ 126.300, estabelecido no início da semana.
A recuperação do Bitcoin pode se estender ainda mais? Estes três gráficos indicam condições técnicas favoráveis para uma possível alta nos próximos dias ou semanas.
Tendência de alta do Bitcoin não é abalada por liquidação de US$ 5,39 bilhões
A última correção do Bitcoin pode parecer dramática em prazos menores, mas ao ampliar a visão, revela-se mais branda do que várias quedas anteriores.
No gráfico semanal, o BTC caiu menos de 10% até agora, notavelmente menos do que as quedas de 14–15% vistas em março de 2025 e julho de 2024, ambas seguidas por fortes recuperações.
O preço do Bitcoin permanece bem dentro de seu canal ascendente, uma estrutura de alta que tem guiado sua tendência desde meados de 2023.
Compradores entraram em ação toda vez que o BTC testou o limite inferior desse canal, desencadeando novas altas em direção à faixa superior.
O nível chave a ser observado agora é a média móvel de 20 semanas (20-week MA) próxima de US$ 111.000, segundo o analista Michaël van de Poppe.
O Bitcoin se mantendo acima do suporte da 20-week MA pode marcar uma fase final de capitulação, semelhante ao crash da COVID-19 e ao fundo da FTX.
Isso abriria caminho para o início da próxima grande tendência de alta do BTC, com um alvo de US$ 140.000-150.000 para o final do ano.
Sharks de BTC compram na queda
Enquanto muitos traders menores foram forçados a sair durante a liquidação de US$ 5,39 bilhões na sexta-feira, os detentores de médio porte, também conhecidos como “sharks”, compraram agressivamente na queda.
A variação diária da Posição Líquida dos Sharks, que monitora carteiras com entre 100 e 1.000 BTC, disparou para 190.296, seu nível mais alto desde setembro de 2012, segundo dados da Glassnode.
Além disso, o suprimento de Bitcoin mantido por esse mesmo grupo cresceu exponencialmente em 2025, atingindo um novo recorde na sexta-feira, apesar da queda de preço. Isso sugere que há menos pânico entre os investidores mais experientes.
Relacionado: Queda do Bitcoin pode se recuperar até 21% em 7 dias se a história se repetir: Economista
A onda de compras por essas entidades maiores pode preparar o terreno para a próxima grande recuperação do Bitcoin, caso essa tendência continue.
Bollinger Bands do Bitcoin ainda estão “apertando”
A correção de sexta-feira do Bitcoin pode ser um resfriamento de meio de ciclo, em vez do início de um longo mercado de baixa, segundo o chartista The Great Mattsby.
Todo ciclo de alta anterior do Bitcoin terminou apenas depois que suas Bollinger Bands mensais, um indicador de volatilidade, se expandiram totalmente, como mostrado no gráfico abaixo.
Essas bandas se alargam quando os movimentos de mercado aumentam e se contraem quando o movimento de preço desacelera.
Em ciclos de alta anteriores, incluindo 2013, 2018 e 2021, o Bitcoin atingiu o topo exatamente quando essas bandas mensais estavam bem afastadas, sinalizando volatilidade excessiva.
Atualmente, porém, essas bandas ainda estão se estreitando, ou “apertando”, o que pode preceder novas altas de preço, se a história servir de indicação.
The Great Mattsby disse:
Usando a história como nosso guia, mercados de baixa não começam quando as Bollinger Bands mensais ainda estão apertando. Eles começam no final de sua expansão.
