Ross Ulbricht esclarece os fatos enquanto a crítica de Kamala Harris erra o alvo
Ross Ulbricht, criador do Silk Road e um dos primeiros defensores públicos do Bitcoin, não perdeu tempo ao criticar Kamala Harris depois que ela o chamou de “traficante de fentanil” em seu novo livro, também criticando o presidente Trump por comutar sua sentença.
Ulbricht esclareceu os fatos: ele nunca foi processado por tráfico de drogas pessoalmente, e o fentanil não fazia parte das acusações contra ele.
A afirmação de Harris em seu livro gera reação
A publicação de Ulbricht não poupou críticas. Sua mensagem é clara: a afirmação de Harris era factualmente incorreta, e a motivação por trás dela parece ser política, pintando tanto Ulbricht quanto o presidente Trump de forma negativa. Ulbricht escreveu:
“A verdade nunca importou para você. O objetivo é apenas fazer com que eu e o presidente Trump pareçamos ruins a qualquer custo, não é? Não seja uma má perdedora, Kamala.”
Os democratas há muito são acusados de terem uma postura hostil em relação à indústria cripto, intensificando as repressões regulatórias por meio de iniciativas como a “Chokepoint 2.0”.
A rotulagem equivocada de Ulbricht por Harris parece apenas mais um exemplo da animosidade mais ampla dos democratas em relação ao potencial disruptivo das criptomoedas.
Ross Ulbricht, o arquiteto por trás do Silk Road
Para quem não está tão familiarizado com a história das criptomoedas, Ross Ulbricht é o arquiteto por trás do Silk Road, o infame marketplace online que utilizava Bitcoin para transações numa época em que a maioria das pessoas sequer tinha ouvido falar da criptomoeda.
Lançado em 2011, o Silk Road permitia que usuários comprassem e vendessem uma variedade de produtos (alguns legais, muitos não) fora do alcance da regulação tradicional.
Ulbricht foi preso em 2013 e acabou recebendo uma sentença de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional. Foi uma punição que muitos especialistas jurídicos, líderes de tecnologia e defensores da privacidade consideraram excessiva. Seu caso tornou-se um ponto central nos debates sobre liberdade na internet, reforma da justiça criminal e a abordagem do governo em relação às novas tecnologias.
Em janeiro de 2025, o presidente Trump comutou a sentença de Ulbricht, permitindo que ele fosse libertado após mais de uma década atrás das grades. A decisão foi celebrada pela comunidade Bitcoin e amplamente considerada como uma justiça há muito esperada. No entanto, outros, incluindo Harris, criticaram a medida como imprudente e politicamente motivada.
Silk Road e seu impacto no Bitcoin
Independentemente da sua opinião sobre as atividades do Silk Road, sua influência no desenvolvimento do Bitcoin é inegável. O Silk Road deu ao Bitcoin seu primeiro caso de uso no mundo real, demonstrando que uma moeda digital descentralizada e sem permissão poderia realmente funcionar.
Embora Ulbricht não tenha inventado o Bitcoin, seu site ajudou a tirá-lo de um experimento obscuro para uma tecnologia com reconhecimento global. Esse legado é complexo. Críticos apontam que o Silk Road facilitou atividades ilegais, enquanto apoiadores argumentam que ele mostrou o poder de desintermediação do blockchain.
Até hoje, a história de Ulbricht é frequentemente citada sempre que surgem questões sobre políticas cripto e liberdades online.
A resposta de Ulbricht a Harris é mais do que uma correção dos fatos. É um lembrete de como seu caso continua sendo controverso, não apenas nos círculos de tecnologia, mas também no cenário político nacional.
A decisão de Harris de caracterizar Ulbricht como um “traficante de fentanil”, apesar da ausência de tais acusações, reflete as batalhas narrativas acirradas que acompanham a política presidencial e os indultos de alto perfil.
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