[Thread em inglês] Como determinar a avaliação justa de um token L1?
Chainfeeds Introdução:
A avaliação de tokens L1 nunca foi uma tarefa simples. Isso não diz respeito apenas à receita, mas muitas vezes envolve especulação, narrativas e expectativas para o futuro — fatores que geralmente já estão precificados antes mesmo de se concretizarem.
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Autor do artigo:
The Smart Ape
Opinião:
The Smart Ape: Para avaliar um token, o primeiro princípio é não confundir diferentes categorias. Tokens L1, L2, de protocolo, L0, etc., possuem cada um sua própria estrutura de análise. Aqui, o foco é apenas em L1, divididos em generalistas (ETH, SOL, AVAX, BNB, DOT, ADA, SUI) e de aplicação (HYPE, dYdX, OSMO, RUNE, RENDER, TON, RON). O primeiro passo da avaliação é observar a receita, mas o ponto-chave é se essa receita pode ser capturada pelo token, por exemplo, através de recompra, queima, dividendos ou injeção no desenvolvimento do protocolo. Se a receita sai completamente do sistema, ela não deve ser considerada. Após confirmar a atribuição da receita, é necessário anualizá-la, por exemplo, usando os dados de 3 meses × 4 como referência. Em seguida, deve-se observar a razão FDV/Revenue, que é o ponto de ancoragem de avaliação mais direto. Em empresas tradicionais de tecnologia, essa razão geralmente fica entre 8–15, enquanto no mercado cripto costuma ser muito mais alta. É importante ressaltar que esse indicador não é suficiente; o crescimento do L1 e a tração da rede são igualmente importantes. Deve-se observar dados de uso como número de endereços ativos, volume de transações, número de transações e TVL. Os valores absolutos são importantes, mas a tendência é ainda mais — se houver crescimento contínuo a longo prazo, mesmo que a base não seja grande, pode sustentar uma avaliação elevada, pois o mercado antecipará um aumento futuro. Outro aspecto central é o orçamento de segurança, ou seja, se a rede pode se sustentar apenas com taxas, caso contrário, dependerá da inflação. O indicador-chave aqui é a taxa líquida de emissão (emissão – queima / oferta total). Se for negativa, representa deflação, o que é excelente; se for positiva, representa inflação, o que é desfavorável. Por fim, é necessário considerar o desbloqueio de tokens: quando ocorre e quem se beneficia. Se o desbloqueio for para marketing ou salários da equipe, geralmente é negativo; se for para desenvolvimento ou distribuição aos detentores, tende a ser positivo. Se o volume desbloqueado for pequeno (menos de 10% do circulante), o impacto é leve; entre 10–30% é uma pressão moderada; acima de 30% é mais pesado. Ethereum gerou cerca de 740 milhões de dólares em receita no último ano. Devido ao EIP-4844, que reduziu as taxas de Gas, a receita não foi tão impressionante, mas quase toda ela pertence aos detentores de ETH, incluindo queima, recompensas de staking e redistribuição de MEV. O FDV/Revenue chega a cerca de 675, muito acima da faixa de 8–15 das empresas tradicionais. Mas o valor do ETH não está apenas na receita, mas em seu papel como camada global de liquidação e reserva de valor, o que traz um prêmio estrutural à avaliação. A taxa anualizada de emissão é de apenas 0,5–0,7%, e o mecanismo de queima frequentemente compensa ou até supera a nova oferta, fazendo com que o ETH tenha características deflacionárias em certos períodos. Os dados de crescimento também são impressionantes: endereços ativos, stakers, número de transações e TVL estão todos em crescimento constante, portanto, é difícil dizer se o ETH está supervalorizado, mas é certo que sua posição é única. Solana gerou cerca de 387 milhões de dólares em receita no último ano, a maior parte retornando aos detentores por meio de queima e recompensas de staking. O FDV é de 14,3 bilhões de dólares, com FDV/Revenue em torno de 370, ainda muito acima das empresas tradicionais. Em termos de tendência de crescimento, endereços ativos e número de transações já passaram pelo período de explosão, e o espaço para crescimento exponencial futuro pode ser limitado. A avaliação do SOL vem principalmente de sua posição como blockchain de alta capacidade, voltada para aplicações em larga escala para o varejo, e não apenas de indicadores financeiros. Essa lógica de avaliação mostra que, mesmo com receita relativamente limitada, se houver vantagens ecológicas únicas, o mercado ainda pode precificar o ativo em patamares elevados. O diferencial da Hyperliquid é usar 100% da receita para recompra de tokens, então toda a receita pertence diretamente aos detentores. Nos últimos 90 dias, a receita foi de cerca de 255 milhões de dólares, anualizando para cerca de 1 bilhão de dólares, com FDV de 5,2 bilhões de dólares e FDV/Revenue de cerca de 52. Embora seja superior ao das empresas tradicionais, é muito inferior ao de ETH ou SOL, sendo mais atrativo em termos de custo-benefício. Seu volume de negociação e número de usuários crescem mês a mês, atualmente representando cerca de 4,9% do mercado CEX, com enorme potencial futuro — um caso típico de avaliação impulsionada por expectativas de crescimento. No geral, a avaliação de L1 não depende apenas da receita. O mercado depende fortemente de especulação e narrativas futuras, frequentemente precificando antes da realização. Receita e fundamentos fornecem uma âncora, mas o que realmente impulsiona o preço é a especulação e o espaço de imaginação para o futuro. Do ponto de vista estritamente fundamentalista, a maioria dos projetos L1 está supervalorizada em relação ao valor entregue atualmente, mas o mercado continua antecipando crescimento e prêmio de narrativa. Portanto, os investidores precisam considerar múltiplas dimensões como FDV/Revenue, tendência de crescimento, orçamento de segurança e pressão de desbloqueio, não confiando cegamente na receita atual nem ignorando o potencial futuro. Nesse sentido, o método de avaliação em cripto se assemelha mais a uma aposta no futuro do que a um cálculo preciso de balanço tradicional. [O texto original está em inglês]
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