Ethereum vale US$ 1 trilhão, mas seus desenvolvedores são mal remunerados
Contradições estão por toda parte. Elas se infiltram nas decisões de nossos líderes, até mesmo nas discussões familiares. Também são encontradas na sociedade e até na empresa onde trabalhamos. O paradoxo faz parte do cenário, mas quando se torna muito evidente, acaba chocando. No mundo cripto, Ethereum oferece um exemplo marcante: sua rede vale mais de 1 trilhão de dólares, mas seus desenvolvedores lutam para acompanhar.

Em resumo
- Os desenvolvedores de Ethereum ganham um salário mediano de US$ 140.000, muito atrás da concorrência.
- Ofertas externas chegam a US$ 300.000, com alguns desenvolvedores recebendo até US$ 700.000 por ano.
- Apenas 37% se beneficiam de participação acionária ou tokens, em comparação com uma média de 6,5% em outros lugares.
- O Protocol Guild representa um terço das receitas, distribuindo US$ 33 milhões desde seu lançamento em 2022.
O paradoxo do Ethereum: uma blockchain bilionária com desenvolvedores mal remunerados
A blockchain Ethereum bate recordes. Um trilhão de dólares garantidos, milhões de usuários, milhares de aplicações. No entanto, seus desenvolvedores ganham em média US$ 140.000 por ano, 50 a 60% menos do que seus pares em outros lugares. O relatório do Protocol Guild mostra que pesquisadores às vezes chegam a US$ 215.000, mas a maioria fica em torno de US$ 130.000.
Essa diferença não se limita aos salários. A maioria não possui ações nem tokens. Apenas 37% recebem uma alocação em tokens ou participação acionária, enquanto no restante da indústria cripto, é comum receber 6,5% de participação.
Um desenvolvedor resume o dilema:
Recebi uma oferta de US$ 700.000 por ano em remuneração total. No entanto, nem sequer iniciei o processo, pois prefiro (por enquanto) trabalhar no Ethereum L1 com um salário menor.
Por trás da força do Ethereum, existe uma fraqueza estrutural: seus construtores continuam sendo muito menos recompensados do que os de blockchains rivais.
A blockchain diante da fuga de cérebros: o risco de uma hemorragia
Quase 40% dos desenvolvedores de Ethereum receberam ofertas externas, muitas vezes generosas: em média US$ 359.000, às vezes US$ 700.000. Muitos resistem por convicção, mas o sentimento de injustiça se instala. Sem uma rede de proteção, a fuga de cérebros ameaça.
O Protocol Guild desempenha um papel vital aqui. Desde 2022, distribuiu mais de US$ 33 milhões, representando quase um terço da renda anual de alguns membros.
O Protocol Guild é de importância crítica para reter os talentos existentes.
Protocol Guild
Alguns números-chave para lembrar
- Salário mediano atual: US$ 140.000 contra US$ 300.000 em ofertas competitivas;
- Apenas 37% recebem tokens ou participação acionária, em comparação com uma média de 6,5% em outros lugares;
- 108 ofertas de emprego recebidas por 42 desenvolvedores em um ano;
- O Protocol Guild pagou uma média de US$ 74.285 por membro ao longo de 12 meses.
Os riscos são claros: desaceleração nas atualizações, enfraquecimento do roadmap, perda de neutralidade. Para uma indústria cripto que depende do Ethereum como base técnica, o sinal é preocupante.
O paradoxo é marcante: Ethereum movimenta bilhões, mas seus desenvolvedores carecem de reconhecimento financeiro. Uma situação ainda mais gritante já que a fundação não hesita em mobilizar milhões, como durante a venda planejada de 10.000 ETH para financiar seus projetos. Em outras palavras, recursos existem, mas o combustível que faz a máquina funcionar continua negligenciado.
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