Perspetiva da semana: Semana de “inundação” macroeconómica: CPI atrasado e o “ataque de subida de juros” do Banco do Japão
Os mercados globais enfrentarão nesta semana a divulgação de dados-chave, incluindo o relatório de emprego não agrícola dos EUA, dados de inflação do CPI e a decisão de aumento das taxas de juros pelo Banco do Japão, eventos que impactarão significativamente a liquidez do mercado. O preço do bitcoin oscila influenciado por fatores macroeconômicos, enquanto instituições como Coinbase e HashKey buscam se destacar através de inovação e abertura de capital. Resumo gerado pela Mars AI. Este resumo foi criado pelo modelo Mars AI, cuja precisão e completude ainda estão em fase de iteração e atualização.
(15 de dezembro de 2025 - 21 de dezembro de 2025)
Nos últimos meses, devido à falta de dados e a interferências geopolíticas, os mercados globais têm negociado em meio à incerteza. Esta semana, esse cenário será completamente alterado. Com o Departamento do Trabalho dos EUA prestes a “repor” de uma só vez dois meses de dados de emprego não agrícola, somado ao relatório do CPI adiado e à quase certa decisão de aumento de juros pelo Banco do Japão, o mercado macroeconômico enfrentará uma “inundação de dados” sem precedentes.
O Bitcoin (BTC) manteve-se por pouco acima dos 88.000 dólares esta manhã, o que à primeira vista parece uma descarga emocional, mas na verdade é uma antecipação defensiva ao grande teste de liquidez do dólar desta semana. Quando a inovação institucional da Coinbase colide com o aumento de juros do Banco do Japão, esta semana está destinada a ser a mais emocionante do final de 2025.
Ponto central 1: Reposição dos dados de emprego, inflação do CPI e aumento de juros do Banco do Japão
O calendário macroeconómico desta semana está sufocantemente cheio. As divergências internas da Fed, a real diferença de temperatura da economia dos EUA e o destino do carry trade do iene serão todos revelados esta semana.
1. Adeus à “navegação às cegas”: Publicação dupla dos dados de emprego não agrícola (terça-feira) Segundo análise do Financial Times, nesta terça-feira (16 de dezembro), os EUA divulgarão o relatório de emprego não agrícola referente a outubro e novembro. Este não é apenas um dado, mas uma peça-chave para a Fed deixar de “tatear no escuro”.
- Análise aprofundada: Na semana passada, a Fed reduziu as taxas de juros para o nível mais baixo em três anos em meio a controvérsias, com fortes divergências internas entre falcões e pombas. Economistas do Citibank preveem que este relatório trará sinais extremamente contraditórios — espera-se uma redução de 45.000 empregos em outubro (devido a furacões/greves), seguida de um aumento de 80.000 em novembro.
- Risco de mercado: O Citibank alerta que esta recuperação é um “ajuste sazonal” e não uma “melhoria real da procura”. Se a taxa de desemprego subir para 4,52% conforme previsto (acima dos 4,5% esperados pela Fed), isso confirmará a fraqueza estrutural do mercado de trabalho dos EUA. Para o mercado cripto, isso significa que a lógica de “negociação de recessão” pode superar o “benefício do corte de juros”, levando a uma queda generalizada dos ativos de risco.
2. Inflação atrasada: CPI define a tendência do dólar (quinta-feira) No fuso horário GMT+8, em 18 de dezembro, será divulgado o CPI de novembro dos EUA, que estava atrasado.
- Lógica de negociação: Com a Fed já tendo cortado juros, se o CPI surpreender com uma alta (acima de 3%), isso provará que a Fed “cortou juros cedo demais”, podendo desencadear uma recuperação agressiva do índice do dólar e, consequentemente, prejudicar o BTC. Por outro lado, se o CPI vier fraco juntamente com dados de emprego fracos, abrirá caminho para novos cortes de juros significativos no próximo ano.
3. “Carta marcada” do aumento de juros do Banco do Japão: 98% de probabilidade (sexta-feira) No fuso horário GMT+8, em 19 de dezembro, o Banco do Japão anunciará sua decisão sobre as taxas de juros. Segundo dados da Polymarket, o mercado aposta com 98% de probabilidade em um aumento de 25 pontos base pelo Banco do Japão, com apenas 2% de chance de manutenção das taxas.
- Risco de nível nuclear: Este é um sinal extremamente perigoso. Enquanto os principais bancos centrais globais estão a cortar juros, apenas o Banco do Japão segue na direção oposta. Esta “divergência de política monetária” é um pesadelo para o carry trade do iene.
- Alerta cripto: A “segunda-feira negra” de 5 de agosto foi desencadeada por um aumento de juros do iene. Embora o mercado já espere este movimento (98% de probabilidade), a volatilidade do iene após a confirmação da expectativa ainda pode levar à retirada de capitais altamente alavancados do mercado cripto. Se o iene disparar na sexta-feira, o BTC poderá enfrentar o desafio de cair abaixo dos 85.000 dólares.
Ponto central 2: A ofensiva das instituições (quarta-feira)
No epicentro da tempestade macroeconómica, as principais instituições do setor cripto decidiram lançar uma ofensiva estratégica nesta quarta-feira (17 de dezembro). Isso demonstra o total descolamento entre o capital industrial e o sentimento do mercado secundário.
- Coinbase: “Declarando guerra” às finanças tradicionais A Coinbase planeja lançar, em 17 de dezembro, um mercado de previsões e ações tokenizadas.
- Significado estratégico: Este é um evento emblemático. A Coinbase já não se contenta em ser apenas uma “exchange cripto”, tentando entrar diretamente na liquidez das ações americanas através de ações tokenizadas, ao mesmo tempo em que desafia a Polymarket com o mercado de previsões. Num contexto de escassez de liquidez macroeconómica, a introdução de RWA (ativos do mundo real) é a única forma de “revitalizar” o mercado cripto.
- HashKey: Desbravando o IPO em Hong Kong O HashKey Group espera ser listado na bolsa de Hong Kong no mesmo dia (17 de dezembro), com uma captação máxima de 1,67 bilhões de HKD.
- Sentimento de mercado: Realizar um IPO em meio a um cenário de “medo extremo” demonstra grande confiança regulatória por parte do HashKey. Se o desempenho no primeiro dia de negociação for estável, isso fortalecerá a confiança dos investidores asiáticos no setor Web3, compensando parte dos riscos macroeconómicos negativos.
Ponto central 3: Regulação e mercados regionais
- EUA: Mesa redonda da SEC e sprint legislativo (segunda-feira) O grupo de trabalho de criptomoedas da SEC realiza hoje (dia 15) uma mesa redonda focada em privacidade e regulação. Ao mesmo tempo, o Senado tenta votar esta semana o projeto de lei sobre estrutura de mercado. Embora o cenário político pós-eleitoral ainda seja incerto, o avanço legislativo é a base para a conformidade do setor.
- Coreia do Sul: Regulação de stablecoins adiada (negativo?) Segundo a imprensa sul-coreana, a FSC não conseguiu apresentar a tempo o projeto de lei para regulação de stablecoins em won, alegando necessidade de “mais tempo para coordenação”.
- Interpretação: A Coreia do Sul é um dos mercados de retalho mais importantes do mundo. O adiamento da regulação significa que o caminho para a conformidade das stablecoins em won está bloqueado, o que pode prejudicar o prémio do mercado coreano (“prémio kimchi”) e limitar a velocidade de entrada de novos capitais.
Resumo e Perspectivas da Semana
“O macro define o limite inferior, as instituições definem o limite superior.”
A lógica do mercado desta semana é muito clara:
- Teste do limite inferior: Os dados de emprego de terça-feira e o aumento de juros do Banco do Japão na sexta-feira são duas espadas de Dâmocles pendendo sobre o BTC. O suporte dos 88.000 dólares não é apenas um nível técnico, mas também o divisor de águas da liquidez macroeconómica.
- Ofensiva do limite superior: O lançamento de produtos da Coinbase e o IPO da HashKey na quarta-feira são a única oportunidade de reação dos touros.
Para os traders, esta semana é necessário observar não só os gráficos, mas também o Índice do Dólar (DXY) e a taxa de câmbio USD/JPY. Até à decisão do Banco do Japão na sexta-feira, “cash is king” e uma postura defensiva podem ser a melhor estratégia para atravessar esta “inundação” de dados macroeconómicos.
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