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CIO da Bitwise: 2026 será muito forte; ICOs vão retornar

CIO da Bitwise: 2026 será muito forte; ICOs vão retornar

BitpushBitpush2025/12/10 03:12
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By:BitpushNews

Fonte do podcast: Empire

Data de transmissão: 8 de dezembro de 2025

Convidado: Bitwise Chief Investment Officer (CIO) Matt Hougan

Tradução e organização: BitpushNews

Este conteúdo foi organizado a partir do episódio mais recente do podcast de cripto Empire, intitulado "Institutional Flows Will Overpower the 4-Year Cycle". O convidado é Matt Hougan, Chief Investment Officer (CIO) da Bitwise.

No programa, Matt discute profundamente temas-chave como “A influência do ciclo de quatro anos do Bitcoin está enfraquecendo?”, “Acelerada entrada de capital institucional”, “Se existe risco real de venda forçada de bitcoin pela Strategy”, além de dar sua opinião sobre o debate entre Haseeb–Santi sobre a avaliação das L1 e compartilhar sua visão sobre os motores de crescimento do próximo estágio do mercado cripto.

(A seguir, a organização do conteúdo da entrevista)

P1: O mercado tem oscilado fortemente recentemente, especialmente com quedas acentuadas nos fins de semana. O que pensa sobre isso?

Matt Hougan:

A volatilidade de curto prazo, por si só, não significa muito, mas de fato, nos últimos meses, formou-se um “modo de pânico de fim de semana”. Como o mercado cripto opera 24/7 durante todo o ano, enquanto os humanos não ficam acordados o ano inteiro, a liquidez do mercado nos fins de semana é naturalmente mais fraca. Além disso, algumas políticas macroeconômicas importantes costumam ser anunciadas na sexta-feira à tarde, o que faz com que o mercado cripto precise precificar essas notícias antecipadamente, amplificando o impacto nos fins de semana.

Portanto, não vejo isso como uma mudança nos fundamentos. Na verdade, estamos falando de um mercado que, no geral, permanece estável este ano, mas o sentimento foi amplificado como se estivéssemos passando por um colapso. Muitos investidores estão nervosos agora apenas porque se lembram que “sempre acontece algo nos fins de semana”. Isso não é um sinal de tendência de longo prazo.

P2: De uma perspectiva mais macro, como avalia o mercado para 2025–2026? O ciclo de quatro anos ainda é válido?

Matt:

Já disse muitas vezes que acredito que o chamado “ciclo de quatro anos” basicamente perdeu sua validade. No passado, ele existia devido à combinação de certos fatores específicos, mas esses fatores hoje já não têm influência suficiente.

O choque de oferta causado pelo halving está impactando o mercado de forma cada vez menor; o ambiente de taxas de juros é completamente diferente dos dois “anos de correção do ciclo” anteriores (2018, 2022), agora estamos em um ciclo de cortes de juros; o risco de “colapsos sistêmicos” que causaram grandes correções nos ciclos anteriores também diminuiu significativamente. Em outras palavras, as forças originais que impulsionavam o ciclo agora estão enfraquecidas.

Mas, por outro lado, há uma força que está se tornando cada vez mais forte — a entrada de capital institucional. Nos últimos seis meses, gigantes tradicionais como Bank of America, Morgan Stanley, UBS, Wells Fargo, entre outros, abriram espaço para alocação de ativos cripto, totalizando mais de 15 trilhões de dólares. Esta é uma força de escala decenal, suficiente para suplantar o chamado ciclo de quatro anos.

Portanto, digo com muita clareza: não acredito que 2026 será um ano de queda, pelo contrário, acho que será muito forte.

P3: Você mencionou que muita “pressão de venda dos antigos holders” não vem de endereços on-chain. De onde vem essa pressão?

Matt:

Muitos OG holders não venderam diretamente suas moedas nos últimos anos, então os dados on-chain não mostram “movimentação de carteiras antigas”, mas eles exerceram outro tipo de pressão de venda equivalente: covered call (venda coberta de opções de compra).

Resumindo, eles não querem vender o bitcoin que possuem há anos (devido à alta carga tributária), mas querem realizar lucros, então empenham o bitcoin para escrever opções, obtendo um rendimento anualizado de 10%–20%. Essencialmente, eles “vendem” ao mercado o potencial de valorização futura, o que exerce pressão sobre o preço equivalente a uma venda parcial, mas não aparece on-chain como “saída de ativos de endereços antigos”.

Esse tipo de operação está crescendo muito rápido na Bitwise, e não somos os únicos provedores. Estimo que já exista pressão de venda estrutural oculta de bilhões de dólares no mercado vinda dessa estrutura.

P4: A Strategy realmente corre risco de venda forçada? Por que o mercado se preocupa repetidamente com isso?

Matt:

Não há absolutamente nenhuma necessidade de preocupação. Eu diria até que isso é um equívoco.

A despesa anual de juros da MicroStrategy é de cerca de 800 milhões de dólares, enquanto o caixa em balanço é de 14,4 bilhões de dólares, suficiente para cobrir os próximos 18 meses. Sua dívida é de cerca de 8 bilhões de dólares, enquanto o valor de bitcoin que detém supera 60 bilhões de dólares. Mais importante, a dívida mais antiga só vence em 2027.

A menos que o preço do bitcoin caia 90%, não existe a possibilidade de “venda forçada”. E se realmente cair 90%, toda a indústria estará em situação pior que a MicroStrategy.

Portanto, a preocupação correta não é “se eles vão vender”, mas sim “se no futuro eles poderão comprar menos do que antes”. Esse é o impacto marginal.

P5: De quais empresas ou instituições você mais teme pressão de venda?

Matt:
Se usarmos o modelo “missionários e mercenários”, penso que:

  • Missionários (como Saylor): praticamente impossível venderem.

  • Mercenários (pequenas empresas que imitam a MicroStrategy): sairão no futuro, mas são pequenas demais, mesmo que vendam tudo, não causarão impacto sistêmico.

P6: Nas suas reuniões com grandes instituições financeiras, o que mais lhes preocupa?

Matt:

Atualmente, passo muito tempo conversando com essas instituições. As perguntas que fazem são muito básicas: por que o bitcoin tem valor? Como avaliá-lo? Qual a correlação com ativos existentes? Qual o papel na carteira?

Um fato-chave muitas vezes é ignorado: a tomada de decisão institucional é muito lenta.
O cliente institucional médio da Bitwise normalmente precisa de 8 reuniões antes de realmente comprar, e essas reuniões às vezes são trimestrais, então entende-se por que Harvard só agora aumentou sua posição em bitcoin — eles começaram a estudar desde o lançamento do ETF, e a aprovação levou um ano.

Gigantes como Bank of America gerenciam 3,5 trilhões de dólares em ativos; mesmo que aloque apenas 1%, são 35 bilhões de dólares, mais do que o fluxo líquido de todos os ETFs de bitcoin atualmente.

É por isso que digo: a adoção institucional é a força mais importante do mercado nos próximos anos.

P7: Por que os consultores financeiros (FA) são tão lentos para aceitar ativos cripto?

Matt:
Porque o objetivo deles não é buscar o maior retorno da carteira, mas sim:

“Evitar ser demitido pelo cliente devido a perdas.”

Se um FA alocou fundos do cliente em bitcoin em 2021, e o evento FTX em 2022 fez o ativo cair 75%, o cliente certamente o demitiria imediatamente.
Já ações de IA como Nvidia também podem cair 50%, mas a narrativa de mercado é “tendência futura”, enquanto a narrativa da mídia sobre cripto ainda é questionada, então o “risco de demissão” é maior.

Com a queda da volatilidade, fortalecimento da narrativa de stablecoins e tokenização de ativos (RWA), os ativos cripto estão se tornando mais “aceitáveis para consultores profissionais”.

P8: Sobre Ethereum, Solana e outras L1, como explica suas diferenças para as instituições?

Matt:
A estratégia é simples:

  1. Primeiro, enfatizar as diferenças (caminho tecnológico, velocidade, custo, filosofia de design)

  2. Depois, sugerir “comprar um pouco de todas”

O motivo é que os consultores têm, em média, apenas 5 horas por semana para pesquisar carteiras de investimento, das quais apenas 3 minutos podem ser dedicados a cripto.

Matt diz:

“Se eu tivesse apenas três minutos por semana para estudar cripto, nunca conseguiria julgar qual blockchain vencerá no final, então a abordagem mais razoável é diversificar.”

Em termos de compreensibilidade:

  • Uniswap e Aave são os mais fáceis de entender, pois são “Coinbase descentralizada” e “banco de empréstimos versão cripto”

  • Chainlink também é muito popular entre as instituições, pois pode-se dizer diretamente:

    “Chainlink é o terminal de dados Bloomberg do mundo blockchain.”

P9: O que pensa sobre o debate entre Haseeb e Santi sobre a avaliação das L1?

(Nota Bitpush:Haseeb Qureshi é sócio da venture capital de cripto Dragonfly Capital, representa uma visão de longo prazo, acredita que o mercado subestima seriamente o volume de transações e o efeito de rede futuros das L1, e que usar dados atuais para avaliação subestima seu potencial de longo prazo.

Santi Santos é investidor e pesquisador de cripto, representa uma abordagem de avaliação mais racional e tradicional, enfatizando que as L1 devem ser precificadas com base em receita, taxas e valor econômico real, e acredita que algumas L1 estão supervalorizadas em relação às expectativas futuras. )

Matt:

Acho que ambos estão certos, mas com focos diferentes.

Do ponto de vista estrutural de longo prazo, estou mais próximo da visão de Haseeb. Nossa imaginação sobre o volume de transações on-chain, atividade econômica e frequência de liquidação de ativos é muito conservadora. Um exemplo simples: por que o salário é pago a cada duas semanas? Poderia ser pago por hora ou até por minuto, e essa mudança significaria um crescimento exponencial no volume de transações on-chain.

Mas também concordo com Santi em um ponto: no final, todas as L1 devem ser avaliadas por indicadores econômicos reais. Receita, taxas, valor capturado pelo protocolo — tudo isso é inevitável. Só que os dados financeiros que vemos hoje estão longe de refletir a escala futura da rede.

Resumiria assim —
A avaliação será baseada no desempenho financeiro (Santi está certo), mas a escala econômica futura será muito maior do que os modelos atuais (Haseeb está certo).

P10: Se você fosse fundador de um projeto de token, o que faria agora para tornar o token mais atraente para investidores?

Matt:

Acredito que os projetos de cripto estão passando da “era puramente narrativa comunitária” para a “era quase de empresa listada”. Isso significa que os projetos precisam aprender práticas maduras dos mercados de capitais tradicionais, como:

  • Publicar regularmente dados operacionais e financeiros transparentes

  • Realizar calls de atualização trimestrais

  • Estabelecer uma equipe de relações com investidores (IR)

  • Explicar claramente a receita do protocolo, o modelo econômico e a visão de longo prazo

Nos últimos anos, muitas fundações levantaram capital em excesso e não usaram os fundos de forma eficiente. Acho que, no futuro, os projetos devem gerenciar o tesouro como um portfólio de investimentos real, como faz a Arbitrum, e não como um mecanismo de subsídio de curto prazo.

Essas medidas não são formalidades, mas sim formas de comunicação comprovadas eficazes nos mercados de capitais há séculos.

P11: Como acha que o modelo de emissão de tokens mudará no futuro?

Matt:

Sempre achei que a emissão de tokens em 2017 foi uma tentativa “prematura, mas correta”; a ideia em si não estava errada, mas os modelos econômicos eram imaturos e a regulação era incerta, o que fez muitos projetos não cumprirem suas promessas.

No futuro, acredito que a emissão de tokens terá um novo desenvolvimento e será muito maior do que em 2017. Comparada ao IPO tradicional, a emissão de tokens é mais rápida, mais democrática, menos custosa, e o ambiente regulatório atual permite que tokens estejam diretamente ligados à atividade econômica do protocolo, dando-lhes valor econômico real.

No longo prazo, acredito até que a forma de listagem de empresas migrará gradualmente do IPO para a emissão nativa de tokens, ou uma fusão de ambos.

P12: O que pensa sobre o panorama institucional de moedas de privacidade como Zcash?

Matt:
A narrativa da Zcash é muito clara, mas a regulação ainda é sensível, especialmente no debate sobre “privacidade padrão vs privacidade opcional” em termos de conformidade.
Portanto, ETFs e produtos institucionais dificilmente acessam Zcash.

No entanto, ele enfatiza:

“No futuro, o campo cripto passará de uma narrativa para dez, e a privacidade será uma delas.”

Mas ainda não é o momento para instituições investirem em ativos de privacidade.

P13: Qual seu julgamento final sobre 2026?

Matt Hougan:
Acredito que 2026 será muito forte. O influxo institucional está acumulando força, o ambiente regulatório mudou de vento contrário para favorável, e novas narrativas como stablecoins, tokenização de ativos e finanças on-chain estão se espalhando. O mercado pode se decepcionar com essas narrativas em certos momentos, mas isso é apenas uma questão de ritmo, não de direção.

Se fosse para resumir em uma frase:
Estamos apenas na entrada do próximo grande ciclo de crescimento.

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