Pix completa 5 anos: a revolução que redefiniu o dinheiro no Brasil
Antes do Pix, milhões de brasileiros tinham contas bancárias inativas ou usavam apenas para receber o salário e sacar o valor integral.
Em novembro de 2020, o Pix chegou ao sistema financeiro brasileiro.
Cinco anos depois, o serviço criado pelo Banco Central (BC) tornou-se o principal meio de pagamento do país e um símbolo de inovação global.
O que começou como uma ferramenta de transferências instantâneas entre pessoas agora representa um ecossistema completo de pagamentos digitais, com alcance quase universal entre brasileiros e empresas.
Cinco anos de evolução e novas funcionalidades
Na LiveBC do último dia 11 de novembro, o diretor do BC, Renato Dias de Brito Gomes, destacou como o Pix evoluiu rapidamente desde o lançamento.
Em suma, em 2020, o sistema oferecia apenas transferências entre pessoas e pagamentos com QR Code.
Assim, com o tempo, surgiram novas funções, como Pix Cobrança, Pix Saque, Pix Troco e Pix Agendado.
Mais recentemente, chegaram o Pix por Aproximação e o Pix Automático, que ampliaram a praticidade tanto para consumidores quanto para empresas.
Em breve, o Mecanismo Especial de Devolução (MED) 2.0 também será lançado, reforçando a proteção contra fraudes .
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Segundo Gomes, o Pix por Aproximação já está ativo em praticamente todos os grandes credenciadores e pode ser utilizado em celulares Android, via carteira digital ou app bancário.
Ele ressaltou que o recurso vem crescendo rapidamente por ser confortável, acessível e econômico para lojistas.
O Pix Automático, por sua vez, leva a ideia do débito automático para o ambiente digital.
Qualquer instituição participante do Pix pode oferecer o serviço a empresas, independentemente de onde está a conta do pagador.
‘Essa solução eliminou a dependência de múltiplos bancos e ampliou a concorrência’, afirmou o diretor.
Competição e integração com o Open Finance
Além disso, a chegada do Pix Automático quebrou barreiras históricas no sistema bancário.
Antes, apenas grandes empresas — como concessionárias e redes varejistas — tinham acesso a convênios de débito automático.
Agora, pequenas e médias empresas também podem aderir, reduzindo custos e ampliando o alcance de pagamentos recorrentes.
Além disso, o Pix se integrou de forma cada vez mais profunda ao Open Finance, criando novas possibilidades de inovação.
Como resultado, hoje é possível iniciar pagamentos Pix diretamente via Open Finance, o que tem impulsionado o comércio eletrônico e os serviços digitais em todo o país.
Um sucesso em números
Os dados do Banco Central mostram o tamanho dessa revolução.
Em 2021, o Pix registrou 9,4 bilhões de transações, movimentando cerca de R$ 5 trilhões.
Já em 2024, o número saltou para 63 bilhões de operações e R$ 26,4 trilhões movimentados.
Para efeito de comparação, o PIB do Brasil no mesmo ano foi de aproximadamente R$ 11 trilhões.
Ou seja, o Pix movimentou 2,5 vezes o PIB nacional — um feito sem precedentes.
De acordo com o diretor do BC , o sucesso está ligado à capacidade do sistema de criar novos modelos de negócio.
‘O Pix abriu espaço para empreendedores que antes nem existiam no radar. Isso acelerou a adoção e mudou o comportamento do mercado’, explicou.
Hoje, o país já contabiliza quase 170 milhões de usuários e mais de 20 milhões de empresas ativas no sistema.
Na prática, quase todos os adultos brasileiros utilizam o Pix em seu dia a dia.
O fim do dinheiro físico
Em suma, entre os meios de pagamento tradicionais, o dinheiro em espécie foi o mais afetado pela popularização do Pix.
Assim, para o Banco Central, essa substituição foi positiva em todos os aspectos.
‘A logística do dinheiro físico era cara e ineficiente. O Pix simplificou tudo isso’, explicou Gomes.
Segundo o BC, o número de saques em caixas automáticos caiu de R$ 1 bilhão no terceiro trimestre de 2020 para R$ 660 milhões em 2024 — uma redução de 35%.
Esse movimento trouxe menos custos para bancos e usuários, além de mais segurança e agilidade nas transações cotidianas.
Inclusão financeira e novos serviços
O Pix também se tornou um poderoso motor de inclusão financeira.
Antes dele, milhões de brasileiros tinham contas bancárias inativas ou usavam apenas para receber o salário e sacar o valor integral.
Com o Pix, essas pessoas passaram a utilizar o sistema bancário de forma ativa, pagando contas e movimentando recursos diretamente pelo celular.
Esse novo comportamento permitiu que instituições financeiras oferecessem crédito, seguros e investimentos a um público antes distante do sistema formal.
Os números comprovam o impacto:
- Entre junho de 2018 e dezembro de 2023, o total de usuários ativos no Sistema Financeiro Nacional saltou de 77 milhões para 152 milhões entre pessoas físicas.
- No caso das pessoas jurídicas, o avanço foi de 3,5 milhões para quase 12 milhões.
Grande parte desse crescimento veio das fintechs, cujo número de usuários ativos aumentou em cerca de 5.000%.
Nos bancos tradicionais, o avanço também foi expressivo, atingindo 80% de crescimento no mesmo período.
Redução de custos e incentivo à formalização
Ademais, a disseminação do Pix gerou efeitos positivos diretos na economia.
Sobretudo, o sistema reduziu tarifas bancárias, incentivou a formalização de negócios, diminuiu a inadimplência e facilitou o recolhimento de tributos.
Além disso, o Pix tornou a emissão de notas fiscais eletrônicas mais acessível, ajudando microempreendedores a operar dentro da legalidade.
Com isso, o país vive um processo de digitalização acelerada do varejo e uma expansão de oportunidades para profissionais autônomos e pequenas empresas.
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